Médica com unhas de gel teria causado perda do bebê durante o parto, relata mãe; entenda o caso
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O caso envolvendo Liliane Ribeiro e a Maternidade Estadual Albert Sabin trouxe à tona, mais uma vez, a questão da violência obstétrica no Brasil. Este termo refere-se a abusos sofridos por mulheres durante o atendimento ao parto, sejam eles físicos, verbais ou emocionais. Eventos como o denunciado por Liliane não são isolados e evidenciam um problema profundo no sistema de saúde que precisa ser discutido e enfrentado.
Segundo o relato de Liliane, sua experiência traumática incluiu a imposição de um parto natural em vez de cesárea, conforme recomendado pelos médicos, além de um grande atraso no atendimento. O impacto emocional e físico dessas ações é imenso e levanta preocupações sobre o respeito aos direitos das gestantes.
O caso, ocorrido no dia 31 de outubro, está sob investigação da Polícia Civil.
Segundo o relato da mãe, Liliane, ela foi submetida a um parto normal contra as recomendações médicas e enfrentou longos períodos de espera e agressões verbais por parte da equipe médica. O ponto culminante foi uma manobra considerada violenta pela mãe, que teria causado um ferimento no pescoço do bebê, levando-o à morte.
Por que a Violência Obstétrica Ainda Persiste?
O fenômeno da violência obstétrica persiste por diversos fatores, incluindo a falta de informação das gestantes sobre seus direitos e a ausência de protocolos médicos claros que assegurem práticas humanizadas durante o parto. Muitas vezes, as mulheres são tratadas com desrespeito ou submetidas a procedimentos desnecessários e dolorosos sem o seu consentimento.
Além disso, a formação e o treinamento inadequados de profissionais da saúde podem resultar em práticas autoritárias e desumanizantes. Instituições sobrecarregadas também contribuem para a perpetuação dessas experiências negativas, onde a quantidade de atendimentos sobrepuja a preocupação com a qualidade e o bem-estar das pacientes.
Quais Medidas Podem Ser Tomadas para evitar esses problemas no parto?
Combatendo a violência obstétrica requer um conjunto abrangente de medidas focadas na educação, conscientização e legislação. Em primeiro lugar, é fundamental que as mulheres sejam informadas sobre seus direitos durante o processo de gravidez e parto. Programas educativos podem empoderar as gestantes para que reivindiquem um atendimento respeitoso e digno.
Formação Continuada: Investir na formação humanizada dos profissionais de saúde, enfatizando o respeito e empatia.
Protocolos Padronizados: Desenvolver diretrizes que assegurem práticas seguras e respeitosas, minimizando procedimentos invasivos desnecessários.
Legislação Rigorosa: Implementar e reforçar leis que penalizem atos de violência obstétrica, garantindo justiça para as vítimas.
Qual é o Papel das Instituições na Garantia de Partos Seguros e Respeitosos?
Instituições de saúde têm um papel crucial na garantia de um ambiente seguro e respeitoso para as mulheres. É essencial que sejam realizadas auditorias constantes sobre as práticas de parto, além do seguimento rigoroso dos casos de abuso reportados. O compromisso com um atendimento humanizado deve ser institucionalizado, garantindo que todos os colaboradores entendam a importância de tratar as gestantes com dignidade.
A Secretaria de Saúde da Bahia declarou estar conduzindo investigações sobre o caso de Liliane e tomando medidas para melhorar as condições das instalações e práticas. Tais ações são necessárias não apenas como resposta ao incidente, mas como parte de um esforço contínuo para prevenir futuras ocorrências de violência obstétrica.
Por Terra Brasil