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Brasil registra menor taxa de nascimento em quatro décadas, mostra IBGE

 


Censo do Insituto aponta que casamentos LGBT também superaram união estável de heterossexuais em 2022, com recorde de 11 mil registros.




O Brasil registrou, em 2022, o menor número de nascimentos desde o início da série histórica do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1974. O total de 2.542.298 nascimentos representa uma queda de 3,5% em relação a 2021 e de 11,4% em comparação com a média de 2010 a 2019. O instituto divulgou dados que revelam a queda da natalidade em todas as regiões do país.

O Nordeste (-6,7%) foi a região com o maior decréscimo, seguido pelo Norte (-3,8%), Sudeste (-2,6%), Centro-Oeste (-1,6%) e Sul (-0,7%). Apenas dois estados brasileiros registraram aumento na taxa de natalidade: Santa Catarina (2%) e Mato Grosso (1,8%). A coordenadora da pesquisa Klívia Brayner revelou ao IBGE alguns dos motivos.

“A redução da natalidade e da fecundidade no país, já sinalizada pelos últimos Censos Demográficos, somada, em alguma medida, aos efeitos da pandemia, são elementos a serem considerados no estudo sobre a evolução dos nascimentos ocorridos no Brasil nos últimos anos”.

Mulheres escolarizadas

Além disso, a análise dos nascimentos em 2022 confirma a tendência de mulheres tendo filhos mais tarde. Apesar da faixa etária de 20 a 29 anos ainda concentrar a maioria dos nascimentos (49,2%), observa-se uma queda gradual nesse percentual desde 2010, quando era de 53,1%.

A redução na proporção de mães na faixa etária inferior a 20 anos também se mantém. Em 2010, 18,5% dos nascimentos eram de mães adolescentes, enquanto em 2021 esse número caiu para 13,2%, e em 2022, para 12,1%. “Os dados evidenciam o aumento da representatividade dos nascidos vivos cujas mães pertenciam ao grupo etário de 30 a 39 anos”, diz Klívia.

Mais casamentos LGBT

Traçando um paralelo com o estudo, outra pesquisa do IBGE divulgada hoje (27) coloca o ano de 2022 em um marco histórico para o grupo LGBTQIA+: o número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo disparou, com um aumento de 20% (11 mil casamentos) em relação a 2021, isto é, um crescimento cinco vezes superior ao índice registrado entre casais heterossexuais. O número de divórcios também é apontado como uma das causas pela queda de natalidade no país.

Aumento de divórcios

O número de divórcios no Brasil em 2022 atingiu 420 mil, um aumento de 8,6% em relação ao ano anterior (387 mil). Esse crescimento, somado à queda na idade média dos divorciados e à diminuição da duração dos casamentos, revela mudanças significativas. A duração média dos casamentos também vem diminuindo. Em 2010, o tempo médio entre a data do casamento e a data do divórcio era de 16 anos. Em 2022, esse período caiu para 13,8 anos. As informações são do site Fórum.

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