Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), defensores dos direitos humanos, profissionais da saúde e moradores de comunidades se reuniram nesta segunda-feira (26) para debater questões relacionadas à intervenção federal na segurança pública no Rio de Janeiro. Entre os temas, foi abordado a relação entre o aumento de determinadas doenças e o crescimento da violência. "Praticamente todos os dias temos tido notícias de violência e de morte. E esse é também um debate da saúde pública, que vem sendo profundamente afetada.
Os agentes de saúde não conseguem trabalhar nos territórios. As populações ficam desassistidas e são penalizadas. Muitos não saem de casa. São diferentes fatores e variáveis que podem interferir para o infarto agudo do miocárdio, para a hipertensão arterial e para o diabetes por exemplo. E eu nem estou falando das mortes diretas pelos tiroteios", argumentou o pesquisador Hermano Albuquerque de Castro, diretor da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fiocruz e mediador do debate. Segundo a Agência Brasil, o diretor também avaliou que a intervenção, até o momento, não trouxe novidade na forma de combate ao crime. "Não há ainda uma ideia clara.
Nem o plano da intervenção foi publicizado. E ele precisaria ser liberado para sabermos exatamente qual a conduta dessa intervenção. Por enquanto, o que temos assistido após um mês é o mesmo modelo de ação que nós vivemos há anos". No debate não havia representantes do Gabinete da Intervenção Federal, nem da Secretaria de Segurança Pública.
Fonte: BN