O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um ato nesta terça-feira (16) com artistas e intelectuais que reuniu cerca de mil pessoas no teatro Oi Casagrande, no Rio de Janeiro. O petista aproveitou o ato "Em Defesa da Democracia e do Lula" para provocar seus rivais na política, comos os pré-candidatos à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Jair Bolsonaro (PSC-RJ). "Eles querem transformar o Brasil no Caldeirão do Huck.
O Congresso tem um pouco a forma do caldeirão", ironizou Lula, em referência ao programa da Luciano Huck, ventilado no ano passado como possível candidato do grupo ao qual o PT faz oposição. Lula acredita que os outros partidos estão com dificuldade para encontrar um nome capaz de derrotá-lo nas urnas, já que ele lidera as intenções de voto em todos os cenários.
"[Eles pensam] 'Quando a gente faz uma pesquisa de opinião pública, não aparece o Alckmin, o [senador José] Serra, o Merval [Pereira, jornalista da Globo News], o Huck, o Faustão.
Por que fizemos tudo isso e aparece o Bolsonaro ao lado dele?' Agora que viram que está ficando muito complicado, começaram a bater no Bolsonaro. Ele vai ver o quanto é bom comer do pão que o diabo almoçou", declaoru Lula.
De acordo com o Uol, o ex-presidente continuou sua provocação ao citar a composição da eleição de 1989, em que perdeu no segundo turno para Fernando Collor. Lula sugeriu que os candidatos daquele ano eram mais gabaritados do que seus atuais rivais. As declarações do petista ocorrem a uma semana de seu julgamento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), no âmbito do caso do triples do Guarujá.
O juiz Sergio Moro o condenou a 9 anos e meio de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
No encontro desta terça estiveram presentes nomes como a escritora Conceição Evaristo, a filósofa Márcia Tiburi, os cantores Beth Carvalho e Otto, os atores Osmar Prado, Dira Paes e Elisa Lucinda, além do humorista e escritor Gregório Duvivier e o cineasta Siilvio Tendler.
Fonte: UOL